Itinerário prático para visitar Huacachina, Paracas, Islas Ballestas e Pisco
O Peru tem muitas cidades incríveis e históricas, cercadas por uma aura de carisma e paisagens naturais. Aqui mostramos um roteiro prático para conhecer 4 lugares icônicos do Peru: Huacachina, Paracas, Islas Ballestas e Pisco.
Huacachina
Huacachina é geralmente muito fria pela manhã e à noite. Uma névoa densa e pesada cobre o céu pela manhã e o sol só se aquece por volta das 10 horas. O passeio, a princípio, deve ser feito em grupo. Um ônibus de microtour busca o hotel no início da manhã, por volta das 7h, e depois pega outros turistas em seus respectivos hotéis.
Porto de Paracas
Chegando a Paracas, os grupos vão direto para o porto, onde há um píer para embarque nos passeios de barco. É muito importante observar as condições climáticas antes de programar o passeio - procure uma boa agência de turismo local. Dica para o passeio às Islas Ballestas e ao Parque Nacional de Paracas: o melhor lugar para se sentar em ambos os passeios é do lado esquerdo (especialmente para os amantes da fotografia).
Ilhas Ballestas
As Islas Ballestas pertencem a um Parque Nacional Marinho e ficam a cerca de 30 minutos de barco da costa. Os barcos são abertos e têm vários turistas. Tente não ser o último a entrar e sentar-se, para poder sentar-se ao lado de quem estiver viajando com você e também poder escolher um assento do lado esquerdo, para ter uma visão melhor do passeio.
O guia das Islas Ballestas é um ornitólogo e todas as explicações são em inglês, português e espanhol. As formações rochosas e os vários buracos nas rochas permitem vistas incríveis das ilhas! Na região, há muitos pássaros que usam as incríveis formações rochosas para fazer seus ninhos.
Há pinguins, muitos pássaros de várias espécies, lobos e leões marinhos e seus lindos bebês.
O guanto, fezes de aves, é um excelente fertilizante natural - esse excremento salvou a economia do Peru na década de 1970, já que sua extração e exportação diretamente das Islas Ballestas conseguiu saldar a dívida externa do país. Por falar em guanto, tome cuidado com os "ataques" de pássaros... Afinal, eles estão em seu habitat e nós somos os invasores. Por isso, alguns são premiados com cocô de passarinho, que são vários sobrevoando os passeios de barco. Além disso, redobre o cuidado com os equipamentos eletrônicos!
Suporte para velas
Ainda durante o passeio de barco, há uma figura mística de um candelabro esculpido em uma montanha próxima ao mar. Sua origem é muito incerta e há algumas teorias que a justificam:
A mesma origem das Linhas de Nazca? Mas essa última teoria só complica por causa da rota: em Nazca, as linhas têm de 3 a 5 cm de profundidade, enquanto as de Paracas têm até 50 cm.
Após o passeio às Ilhas Ballestas, o grupo retorna ao Porto de Paracas, onde tem um tempinho para ficar e aproveitar o local por um tempo. Aproveite o banheiro e faça um lanche em um dos cafés no calçadão - há vários e a maioria oferece wi-fi gratuito! É bom mandar notícias para amigos e familiares.
Aproveite o momento para ver os pássaros, especialmente os pelicanos, e admirar a praia e o Oceano Pacífico (embora essa praia em si não seja tão bonita, mas tem tantos pelicanos que é irresistível chegar perto deles e olhar mais de perto).
Em seguida, o grupo retorna ao ônibus e vai direto para o Parque Nacional de Paracas, explorar seus desertos e praias!
Dica - Guarde sempre todos os ingressos dos passeios realizados, pois eles podem ser solicitados para conferência na entrada do Parque e do Museu.
Deserto de Paracas
A palavra Paracas em quíchua significa "chuva de areia" - nome bem adequado para o deserto. Grande parte da costa do Peru é desértica. Alguns guias consideram que sua estrutura é semelhante à do Deserto do Atacama, como se fosse uma extensão do mesmo, com o mesmo microclima.
No Deserto de Paracas, você encontra fósseis de conchas no meio do deserto, uma pista de que essa região desértica já foi oceânica. Não chove no deserto, mas há um lençol freático que chega a 5 metros de profundidade.
A raposa é o único animal carnívoro que se alimenta principalmente de ovos de aves. Não se vê muita vida animal além dos pássaros.
Em 2007, houve um grande terremoto que durou 2:40 minutos e atingiu 7,8 na escala Richter, sendo responsável por muita destruição na região de Paracas e Pisco, mesmo com seu epicentro tendo sido a 40 km dali. Os guias dizem que parecia o fim do mundo.
O terremoto mudou muito a paisagem da região e conseguiu derrubar parte da formação rochosa chamada Catedral, que era muito famosa dentro do Parque Nacional de Paracas. Hoje é possível apreciar apenas o que restou da Catedral.
O grupo faz algumas paradas pelo caminho percorrido no microônibus, com destaque para:
- Os pontos de vista da formação Cathedral Rock (ou o que restou dela)
- Catedral - formação rochosa muito famosa que desmoronou parcialmente durante o terremoto ocorrido em 2007
- Penhascos - encontro do deserto com o Oceano Pacífico
- Praia de Supay para admirar o mar ao encontrar os penhascos desertos. Uma praia de areia com seixos vermelhos
Almoço
Os restaurantes que existem no Parque Nacional são anteriores à sua criação e o governo permitiu que ele permanecesse. Algumas refeições locais são muito bem-vindas, como o linguado grelhado inteiro, com batatas, arroz e salada, Inka Cola e choclos. Há também os tradicionais Pollo Saltado e Pollo Teriyaki - cada refeição sai em média por 50 soles.
Nos arredores dessa região de restaurantes, há algumas colinas onde subimos e tivemos uma bela vista dos penhascos, do deserto e do Pacífico. Prepare as câmeras!
O Museu de Interpretação do Parque é muito interessante e rico em informações. Vale a pena conhecer.
Pisco
Pisco significa, em quíchua (língua inca), pássaros! Um lugar muito bonito, com muitas praias e formações rochosas, acidentes costeiros, como penínsulas e baías. É a capital da província e está localizada a 239 quilômetros a sudeste de Lima. É dividida em duas partes, uma chamada "cidade" e outra "praia" (não é necessário esclarecer o porquê).
Pisco aparece nos primeiros mapas da região, datados do século XVI. Desde os primeiros anos do período colonial, foi muito importante para a produção da bebida chamada "pisco", bem como para o porto. Dica: No Oásis de Huacachina há bons hotéis e albergues para se hospedar: você aproveita o que há de melhor nele e também pode ir a Ica, se quiser, dar uma volta por lá, já que Ica tem um enorme shopping center e na parte histórica a Plaza de Armas e a Catedral.
No caminho de volta ao Oásis de Huacachina, o microônibus passa rapidamente pela Plaza de Armas de Ica para deixar alguns turistas do grupo. O passeio mais recomendado é o passeio de buggy pelas dunas para ver o pôr do sol, mas essa atividade deve começar até as 16 horas.
Conhecer as cidades peruanas durante as férias de julho é a melhor relação custo-benefício. O Hurb valoriza o que é mais importante: você.
Semíramis F. Alencar Moreira - Redação Hurb - [email protected]
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